Eles trabalham em empresas conveniadas, como um jornal de João Pessoa, ou em instituições públicas, como a Universidade Estadual da Paraíba --onde 55 presidiários fazem serviços gerais.
A maior parte deles cumpre pena no regime aberto e semiaberto e todos recebem um salário mínimo e têm parte da pena abatida. Segundo a coordenadora do programa, Maria Enilda Cordeiro, o nome nunca foi alvo de reclamações.
"É só coincidência. Os únicos que questionaram o nome são aqueles que estudaram [o filósofo Michel] Foucault, que diz que o trabalho não é o único mecanismo de ressocialização", afirma.
"Não tem nada a ver com isso [nazismo]", diz ela.
Maria Enilda afirma que não sabe em que circunstâncias o nome foi escolhido.
"É até um nome que já cansou. Em breve ele deve ser mudado, provavelmente para algo mais bonito."
O slogan "O Trabalho Liberta" foi usado inicialmente pelo governo alemão pré-nazista para divulgar grandes obras públicas. Após a tomada do poder por Adolf Hitler (1889-1945), em 1933, o lema continuou a ser usado em campos de concentração.
Neles, os prisioneiros --entre eles judeus, ciganos e comunistas-- cumpriam longas jornadas de trabalho forçadas, na maioria das vezes até morrerem de exaustão ou serem executados.
"Aqui é bem diferente. É um programa para devolver a dignidade dos presos", diz Maria Enilda Cordeiro.
Fonte/ClickPB
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