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Christine Lagarde assume direção do FMI nesta terça-feira

No cargo, francesa terá a responsabilidade de gerenciar crise do euro e controlar alta da inflação nos países emergentes

Francesa, que será a primeira mulher a dirigir o Fundo, mantém tradição de gestores europeus à frente da instituição. 
Francesa, que será a primeira mulher a dirigir o Fundo, mantém tradição de gestores europeus à frente da instituição. (Yves Logghe/AP)

A eleição de Lagarde era amplamente esperada e mantém a tradição de um europeu à frente do organismo internacional, em detrimento do candidato dos mercados emergentes
Christine Lagarde assume nesta terça-feira a direção do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ex-ministra das Finanças da França, Lagarde será a primeira mulher a dirigir a instituição, fundada em 1944.
“Estou honrada e feliz que o conselho tenha me escolhido para presidir o FMI!”, escreveu ela em seu twitter. Lagarde, depois de eleita, disse em seu discurso de agradecimento o que espera de sua presidência. “O FMI deve ser relevante, responsável, efetivo e legítimo para que possa promover um crescimento forte e sustentável, e um melhor futuro para todos”, discursou.

A nova chefe do FMI tem 55 anos e ocupa o cargo de ministra das finanças da França desde 2007. Antes disso, foi ministra do comércio exterior por dois anos. Lagarde também fez carreira no setor privado como advogada especializada em leis trabalhistas e legislação antitruste na empresa Baker & McKenzie. Possui diplomas do Instituto de Ciências Políticas francês e da Escola de Direito de Paris, onde chegou a lecionar.

Uma das qualidades apontadas em Lagarde é o bom trânsito político. Também contou a seu favor o fato de ser europeia, já que terá de tomar decisões difíceis por conta da crise de dívida da zona do euro. A expectativa dos especialistas é de que ela mantenha a mesma linha conservadora de seu antecessor.
Uma das plataformas de Lagarde é a de garatir mais espaço de decisão no órgão para as economias emergentes. Enquanto China e Brasil devem cobrar a promessa, é possível que os países da Europa mostrem-se pouco dispostos a ceder espaço. Será um teste para a nova diretora. Outros projetos incluem aumentar a ajuda a países pobres, além de tentar evitar novas turbulências na economia.

Fonte/Veja

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