quarta-feira

Greve deixa pontos de ônibus lotados no ABC

Motoristas e cobradores decretaram greve nesta quarta-feira.
Empresa de ônibus afirma que 80% dos ônibus estão em circulação.

onibus diadema (Foto: Letícia Macedo/G1)
Passageiros enfrentaram dificuldade para embarcar em ônibus no ABC (Foto: Letícia Macedo/G1)

Os passageiros que utilizam ônibus do transporte coletivo enfrentaram dificuldades para se deslocar na manhã desta quarta-feira (1º) em Diadema, no ABC, por causa da greve promovida por motoristas e cobradores da região desde a 0h. Os pontos estavam cheios por volta das 7h e muitos tiveram que buscar uma alternativa para chegar ao trabalho. No Terminal Diadema, as plataformas dos ônibus que vão Jabaquara e Brooklin, na Zona Sul de São Paulo, estavam lotadas.
Os metroviários, que chegaram a anunciar uma greve para esta quarta, adiaram a paralisação após se reunirem em assembleia nesta terça-feira (31). Dois dos quatro sindicatos dos funcionários da CPTM, entretanto, decidiram pela greve nesta quarta. No ABC, motoristas e cobradores de ônibus de sete cidades (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande Da Serra) também estão parados nesta quarta. O rodízio municipal de veículos na capital paulista não foi suspenso.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC, Francisco Mendes da Silva, o Chicão, estima que 90% ficaram parados no início desta manhã. Segundo ele, a paralisação foi mais forte em Santo André, Mauá, São Caetano e Ribeirão Pires. A categoria reivindica 15% de reajuste, mas os empresários do setor só ofereceram 8%. Uma nova assembleia está marcada para as 17h.
A Metra, responsável pelos corredores ABD (São Mateus-Jabaqurara) e Diadema-Brooklin, informou por meio de sua assessoria que 80% da frota foi colocada em funcionamento. Os serviços estão prejudicados em reflexo da paralisação de outras linhas municipais e intermunicipais. O Terminal São Mateus chegou a ficar fechado entre 5h30 e 7h30 devido aos grevistas que impediam a entrada dos ônibus.
O analista de custos Robson Rodrigues, de 37 anos, que mora em Osasco, não conseguiu pegar o trólebus em Jabaquara para seguir até o seu trabalho, no bairro de Piraporinha, em Diadema. “Peguei um ônibus alternativo para chegar até Diadema pensando que estava melhor a situação”, disse. Depois de esperar 30 minutos, ele deixou o Terminal Diadema a pé. “Vou pegar um ônibus intermunicipal, que é mais caro, mas passa perto do trabalho. Hoje é dia de fechamento, eu deveria ter entrado mais cedo”.
O ajudante Ricardo Gonçalves de Arruda, de 18 anos, foi pego de surpresa pela greve e também teve dificuldades para pegar o trólebus até Diadema. “Só tem ônibus para Ferrazópolis [em São Bernardo do Campo] e já vem cheio. Esperei uns 40 minutos para conseguir entrar. Estou atrasado”, afirmou.
Já as montadoras Quitéria Bezerra, de 50 anos, e Eliana Aragão, de 40 anos, desistiram de esperar um ônibus que as levasse até o bairro de Americanópolis, na Zona Sul da capital paulista, e foram buscar uma linha alternativa. “Para pegar o ônibus do Serraria até o Centro de Diadema foi fácil, mas vamos ter que pegar outra linha. Já estamos pelo menos 30 minutos atrasadas”, disse Eliana Aragão.
Santo AndréNo Terminal Santo André, os passageiros também procuravam alternativas para conseguirem chegar ao trabalho. As linhas municipais e intermunicipais não estavam operando. Os usuários só conseguiam embarcar nos trólebus.
CPTMNesta terça-feira (31), o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana, que representa os funcionários da CPTM, decidiu em assembléia que a categoria cruzaria os braços a partir da 0h desta quarta.
Segundo a CPTM, a Linha 11-Coral (Luz-Estudantes) é a mais prejudicada, principalmente no trecho entre Guaianazes e Estudantes. O Paese foi acionado. Com isso, os passageiros descem na Estação Guaianazes e seguem de ônibus até a Estação Estudantes. Ainda de acordo com a CPTM, a Linha 12-Safira está fechada porque o sindicato não cumpriu a ordem do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de manter 90% do efetivo.

Fonte/ G1

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