Os motoristas que trafegam pela BR-230 devem redobrar a atenção a partir desta sexta-feira (17) para não serem multados pelos radares fixos já instalados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) na área Metropolitana de João Pessoa.
A dificuldade de visualização do aparelho, principalmente daqueles que se encontram em curvas ou muito próximo à vegetação nas margens da via, deve prejudicar o bolso dos motoristas desavisados que trafegarem pelos pontos com velocidade acima de 80km/h. Um dos equipamentos, instalado no km 20 da BR-230, no sentido João Pessoa-Cabedelo, próximo à entrada para a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), é apontado como o mais difícil de visualizar, visto que se encontra em uma curva.
Segundo o Dnit, cinco dos sete aparelhos previstos para serem dispostos na Região Metropolitana de João Pessoa, nesta primeira fase, já foram instalados e dois deles devem começar a operar a partir desta sexta-feira, quando conclui-se a sinalização vertical. Conforme o órgão, já existem radares em cinco pontos: no Km 16,3, próximo ao Hospital do Trauma; no Km 20, no sentido João Pessoa-Cabedelo; no Km 20,5, sentido Cabedelo-João Pessoa; no Km 22, próximo ao Unipê, sendo que nos dois sentidos; no Km 39,4, no sentido Cabedelo-João Pessoa e no Km 40,5, no sentido João Pessoa-Cabedelo.
Os radares dispostos nos quilômetros 20 e 22, este em frente ao Unipê e o próximo à entrada para a UFPB, podem ser os primeiros a causar problemas aos motoristas. O radar localizado no Km 20, próximo à UFPB, por exemplo, está localizado em uma curva. Para o vendedor Douglas Barros, morador dos Bancários, quem não estiver informado sobre a localização do equipamento, dificilmente terá escapatória. “Já comecei a reduzir a velocidade de agora porque a distância é muito curta para frear e ficar dentro da velocidade permitida”, disse.
Ele frisou, no entanto, que a colocação do radar é uma boa iniciativa, “mas que deveria ser instalado de forma a ficar mais visível ao motorista”. Nelson Lima, que reside no bairro da Torre e é proprietário do posto Acauã, próximo à BR 230, também classificou o trecho como preocupante. “Na curva para a entrada da UFPB o radar está muito escondido. O motorista não terá como reduzir em cima”, afirmou.
No entanto, Valderban Arruda, assessor de imprensa do Dnit, afirmou que não há argumentos para o motorista que é pego dirigindo acima da velocidade permitida.
Para ele, que classificou de “irrelevante” a queixa dos motoristas, além de a sinalização de fiscalização eletrônica estar disposta a cada 500 metros de distância, sendo que em alguns casos, a primeira advertência é feita a 1.500 metros antes do radar, o objetivo dos radares fixos é multar aqueles motoristas que estão infringindo a velocidade máxima permitida na via, que nos trechos urbanos é de 80km/h. Ele também frisou que os radares só detectam a velocidade do veículo a um raio de 150 metros de distância do equipamento.
“A questão é irrelevante. Os radares são para multar os motoristas que não estão respeitando a sinalização. Eles não precisam ser visíveis. A Polícia Rodoviária Federal fica, por exemplo, com seus radares móveis para pegar esses motoristas. A diferença é que agora alguns serão fixos”, disse, lembrando ainda que o motorista que ultrapassar a velocidade de 80km/h, receberá uma notificação. No entanto, Vanderlan destaca que, se ele for pego pelo radar a uma velocidade acima de 96km/h, ou seja, 20% da velocidade permitida no trecho, ele será multado no valor de R$ 87,13 e perderá 4 pontos na carteira de habilitação. Já aquele motorista que trafegar pelo trecho com velocidade acima de 50% da máxima permitida, será multado em R$ 574,24 (falta gravíssima) e perderá 7 pontos na carteira.
Ao final dos próximos dois anos, a Paraíba contará com 44 radares instalados em diversos pontos das BRs 230, 101 e 104. Esses pontos, de acordo com o Dnit, serão escolhidos conforme a necessidade de redução de acidentes em pontos com grande fluxo de pedestres e veículos.
Fonte/Paraíba 1
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